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EUA aprova novo antibiótico contra superbactéria

Fonte: Freepik
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A FDA, aprovou no início de abril um novo antibiótico para o tratamento de infecções pelo Staphylococcus aureus, uma das superbactérias que mais preocupa os médicos atualmente. Injetável, o fármaco comercializado sob o nome Zevtera é indicado para diferentes tipos de infecções.

Também chamado de estafilococo dourado, ele é considerado a mais perigosa das bactérias desse tipo, que são encontradas naturalmente no corpo humano. Embora seja inofensivo na maior parte do tempo, quando provoca infecções ele está associado a quadros graves que, em situações extremas, podem levar à sepse, quadro potencialmente fatal de infecção generalizada.

O novo antibiótico é uma notícia especialmente bem-vinda em um cenário em que os especialistas se debruçam com os desafios da resistência antimicrobiana, quando bactérias e outros microrganismos começam a sobreviver aos medicamentos usados tradicionalmente.

Estafilococos em geral são bactérias que vivem em nosso corpo, em colônias na pele ou em mucosas, como as secreções nasais. O Staphylococcus aureus é uma dessas espécies, que acabou ganhando mais destaque em função da maior gravidade das infecções causadas por ele, devido à resistência aos remédios de uso comum.

Injetável, o Zevtera tem como princípio ativo o ceftobiprol medocaril sódico e foi aprovado pela FDA para os seguintes casos:

- Adultos com bacteremia (quando o estafilococo já está na corrente sanguínea), inclusive casos com endocardite.

- Adultos com infecções bacterianas agudas na pele.

- Pacientes adultos e pediátricos (de 3 meses a 18 anos) com pneumonia bacteriana adquirida na comunidade.

O novo antibiótico foi testado em diferentes cenários randomizados e duplo-cegos, em vários países, sempre em comparação com outros medicamentos disponíveis no mercado. Para todos os cenários em que foi aprovado, o Zevtera apresentou segurança e eficácia comparáveis.

Efeitos colaterais reportados para o Zevtera incluíram náusea, diarreia, dores de cabeça e tontura, além de inflamação na área de aplicação da injeção. Pacientes com histórico de hipersensibilidade ou alergia a algum dos componentes do antibiótico também devem evitar seu uso.

No Brasil, a aprovação do ceftobiprol (princípio ativo do Zevtera) ainda está sob análise.

Fonte: Estado de SP